ECONOMIA


Seplan estuda expansão de investimentos, e projeta R$ 11 bilhões do FNE para a Bahia em 2026

Reunião com a Sudene detalha prioridades, inclusão de novos segmentos e reforça papel estratégico do Fundo no desenvolvimento do estado

Foto: Lucas Silva – Ascom/Seplan

A Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (Seplan) realizou nesta terça-feira (25) uma reunião virtual do Comitê Técnico do Conselho Deliberativo da autarquia, responsável por discutir e consolidar a programação dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).

O encontro conduzido pelo superintendente da Sudene, Francisco Alexandre, contou com a participação de representantes do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, Banco do Nordeste, entidades dos setores produtivos e gestores dos estados nordestinos, além de Minas Gerais e Espírito Santo.

O FNE tem um orçamento estimado em R$ 52,6 bilhões para 2026, com o objetivo de ampliar seu alcance e incorporar novos segmentos produtivos.

A proposta será analisada pelo colegiado no dia 9 de dezembro, incluindo pautas sobre a execução orçamentária do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), previsto em R$ 1,1 bilhão para o próximo exercício.

Francisco comentou sobre o papel estratégico dos fundos regionais na dinamização econômica do Nordeste.

“Os fundos ampliam as possibilidades de investimento para empresários e agricultores, do micro ao grande porte. São recursos essenciais para estimular inovação, novas tecnologias e atividades que sustentam uma economia mais robusta e sustentável em nossa região”, afirmou o superintendente da Sudene.

De acordo com a Seplan, as projeções orçamentárias, R$ 32,5 bilhões, serão destinados, em 2026, a empreendimentos classificados como mini, micro, pequeno e pequeno-médio porte. Do total, R$ 25 bilhões devem atender negócios instalados no Semiárido, área prioritária de atuação da Sudene.

Novidades

Uma das novidades discutidas na reunião foi a inclusão dos empreendedores da economia criativa na programação do FNE. A ação visa áreas como cultura e artes; mídia e conteúdo; tecnologia criativa; turismo criativo; e experiências culturais.

Outra novidade debatida foi a incorporação da Amazônia Azul como eixo estratégico da Sudene. A iniciativa beneficia de forma direta empreendedores de 446 municípios da área de atuação do órgão, com foco no fortalecimento de iniciativas de baixo impacto ambiental e no estímulo às cadeias científicas, tecnológicas e econômicas relacionadas ao mar.

Investimentos na Bahia

Do montante programado para 2026, o FNE prevê R$ 11 bilhões destinados à Bahia, um crescimento de 21% em relação ao previsto para este ano. O secretário estadual do Planejamento, Cláudio Peixoto, comentou sobre os novos investimentos para o estado.

“O FNE é um instrumento essencial para impulsionar o desenvolvimento integrado da Bahia. Ele amplia a capacidade de investimento em setores estratégicos, fortalece cadeias produtivas, estimula inovação e gera emprego e renda em todas as regiões. O aumento previsto para 2026 demonstra a confiança no ambiente econômico do estado. Quando articulado ao planejamento estratégico, o FNE potencializa resultados e consolida uma trajetória de crescimento sustentável e competitivo”, destacou o secretário.