ECONOMIA


Sem lista de credores, reembolsos do caso Banco Master devem ficar para 2026

FGC aguarda envio da relação de clientes a serem ressarcidos; fundo prevê devolver R$ 41 bilhões a cerca de 1,6 milhão de pessoas

Foto: Divulgação

 

Os reembolsos aos clientes afetados pela liquidação do Banco Master devem ficar para 2026. Isso porque, até esta sexta-feira (26), o interventor responsável pelo encerramento das atividades da instituição ainda não entregou ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC) a lista de credores que têm direito ao pagamento, segundo apuração da CNN.

O FGC será responsável por ressarcir cerca de 1,6 milhão de pessoas físicas e jurídicas, em um total estimado de R$ 41 bilhões, a maior operação do tipo já realizada no país. Pelas regras do fundo, o valor garantido é de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, considerando depósitos e investimentos protegidos.

Sem a relação oficial de credores, o fundo não pode iniciar os pagamentos. Após o recebimento da lista, o FGC precisa de até dois dias úteis para começar os reembolsos, mas, com o calendário apertado no fim do ano, a avaliação é de que não haverá tempo hábil para concluir esse processo ainda em 2025.

Enquanto isso, cresce a pressão sobre o Banco Central, que acompanha o caso de perto. A autarquia terá de prestar esclarecimentos ao STF e ao TCU sobre a condução da liquidação. O FGC informa que os clientes já podem realizar um cadastro prévio em seu site ou aplicativo, etapa necessária para solicitar o ressarcimento assim que o processo for oficialmente aberto.