ECONOMIA


Preço do café dobra; perspectiva de queda fica apenas para 2026, dizem especialistas

Valor do produto já acumula uma valorização de mais de 100% em relação ao mesmo período do ano passado

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

 

O preço do café teve forte alta nos últimos meses e já acumula uma valorização de mais de 100% em relação ao mesmo período do ano passado. Especialistas do setor apontam que os fatores climáticos adversos, como a seca e o calor intenso em regiões produtoras, foram os principais responsáveis pela disparada dos preços.

O grão do café torrado e moído saltou 98,4% em um ano e meio, de acordo com reportagem do portal UOL.

Os números do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) correspondem à variação acumulada desde janeiro do ano passado, período marcado por 17 altas consecutivas. Somente em maio, o aumento dos preços nas gôndolas foi de 4,6%.

Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a saca de 60 quilos do café arábica, que custava em média R$ 780 em junho de 2023, ultrapassa os R$ 1.600 em algumas praças produtoras. O conilon também acompanha o movimento e apresenta preços recordes.

A alta impacta diretamente o consumidor final. Cafeterias, supermercados e atacadistas já reajustaram os preços dos produtos derivados, e a expectativa é de que o valor da xícara siga pressionado até o próximo ano.

De acordo com analistas de mercado, a expectativa de recuo nos preços só deve se concretizar em 2026. Isso dependerá da normalização do clima, da recuperação da oferta global e da estabilidade na demanda internacional.

Enquanto isso, os produtores tentam aproveitar o bom momento de preços, mas enfrentam desafios com o custo elevado de insumos e a instabilidade climática, que ainda traz incertezas para as próximas safras.