ECONOMIA


Para reduzir dívida BP decide vender controle da Castrol por US$ 6 bilhões

O valor segue distante da meta de US$ 20 bilhões, prevista até o fim de 2027

Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Britinish Petroleum (BP) decidiu negociar uma participação majoritária em sua divisão de lubrificantes Castrol que agora passa a ter a gestora americana Stonepeak Partners como um dos sócios. A venda marca um importante passo da petroleira britânica para reduzir a dívida que superava US$ 26 bilhões no fim do terceiro trimestre de 2025.

A negociação inclui 65% da operação e vai levantar aproximadamente US$ 6 bilhões, incluindo o pagamento antecipado dos dividendos proporcionais à fatia restante da BP. O acerto põe fim ao ano turbulento da petroleira, que sob pressão da gestora Elliott Investment Management, optou por revisar a estratégia operacional, reduzindo a exposição a energias renováveis e voltando ao foco do petróleo e gás.

“Dividendos acelerados agora ajudarão a reduzir a dívida, mas claramente às custas do fluxo de caixa no médio prazo”, escreveu o analista Biraj Borkhataria, do RBC, em relatório.

Após a venda da Castrol, de acordo com comunicado divulgado pela companhia os recursos obtidos para o programa de vendas de ativos da BP chegaram a US$ 11 bilhões. O valor segue distante da meta de US$ 20 bilhões, prevista até o fim de 2027, e os investidores devem cobrar novos avanços de Manifold, atual presidente do conselho da empresa. A companhia também afirma, que todos os recursos da comercialização da Castrol, incluindo lubrificantes para veículos e aplicações indústriais serão destinados à redução da dívida de US$ 26 bilhões.

Pelos termos do documento, a BP continuará com uma participação de 35% na Castrol por meio de uma parceria estratégica com outras empresas de mercado. A continuidade da companhia britânica na venda de lubrificantes permitirá exposição ao crescimento do plano de negócio, afirmou a empresa, que também tem opções para reduzir a operação ao fim de um período de bloqueio na venda de ações por dois anos.

A expectativa é que a conclusão da transação anunciada nessa quarta-feira (24), seja finalizada até o termino de 2026, sujeita a mudanças regulatórias e aprovações fiscais.