ECONOMIA


Nike enfrenta quedas nas vendas na China ao tentar acelerar plano de retomada global

Ações da gigante de artigos esportivos caem quase 11% após alerta de redução de receita no próximo trimestre

Foto: Divulgação/Shutterstock

 

A Nike enfrenta forte reação do mercado após relatar que planeja acelerar seu plano de recuperação global, mas enfrenta queda nas vendas na China, principal foco do esforço de retomada. As ações da empresa caíram cerca de 11% em negociações estendidas em Nova York, caminhando para fechar quatro anos consecutivos em baixa.

No segundo trimestre fiscal encerrado em 30 de novembro, a empresa registrou crescimento modesto de receita (em torno de 1%) e lucro acima das expectativas, mas os resultados foram ofuscados pelo desempenho fraco em mercados estratégicos, especialmente a Grande China, onde as vendas caíram aproximadamente 17%, e na marca Converse, com queda de 30% nas vendas.

O CEO Elliott Hill descreveu a recuperação como “no meio do caminho” e afirmou que a Nike está agindo de forma decisiva para acelerar áreas mais atrasadas, com a China no topo da lista de prioridades. Ainda assim, o ritmo de melhoria tem sido insuficiente para satisfazer investidores, que reagiram negativamente às projeções de queda de receita no próximo trimestre.

“O que fizemos é um começo, mas não está acontecendo no nível ou no ritmo que precisamos para impulsionar uma mudança mais ampla”, disse Hill ao se referir ao mercado.

Especialistas ressaltam que a marca enfrenta competição intensa de rivais locais e internacionais no mercado chinês, onde os consumidores estão mais exigentes e o ambiente de consumo se mostra frágil.

A Nike também registrou dificuldades em vender estoque antigo e em atrair tráfego nas suas redes de loja e canais online da China.

Com informações do Bloomberg Línea