ECONOMIA


Ministro rebate críticas a alternativas para elevação do IOF

Governo propõe taxar letras de crédito do agronegócio e imobiliário

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, rebateu nesta terça-feira (4) as críticas de parlamentares às medidas compensatórias propostas pelo governo para substituir o decreto que elevava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Entre essas medidas está a taxação de 5% sobre títulos hoje isentos, como as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e as Letras de Crédito Imobiliário (LCI).

Durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Teixeira afirmou que a taxação das LCA não deve impactar os preços de produtos no mercado interno. “Quem financia sua safra nas LCA é exportador. Não creio que vá afetar a política de preços de produtos no Brasil”, declarou.

O ministro também criticou o comportamento do Congresso diante das propostas econômicas da equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “O Parlamento brasileiro quer estar casado e viver como solteiro. A melhor forma de resolver esse problema é abrir mão dessas emendas parlamentares. O que o governo está buscando fazer é equilíbrio fiscal. Hoje, todas as medidas que o ministro Haddad propõe o Parlamento é contra”, disse.

Para Teixeira é preciso que o Legislativo se posicione de forma mais clara e proponha alternativas viáveis. “Acho que o que precisamos fazer nesse debate é que o Parlamento diga o que pode ser feito. Em todas as medidas, há um impedimento para serem adotadas. IOF? Não, não pode. Taxar LCA e LCI? Também não pode. O que pode?”, questionou.

Ele disse que compromisso do governo com a responsabilidade fiscal. “Todo mundo fala que tem que ter compromisso fiscal. Esse é o compromisso do presidente Lula e do ministro da Fazenda. Alguma coisa tem que ser feita. Acho, então, que o Parlamento poderia dizer, se não quer uma coisa nem outra, dê alguma coisa para se garantir que tenhamos déficit zero, que é o compromisso do governo.”