ECONOMIA


Maior paralisação já custa cerca de US$ 15 bilhões por semana à economia dos EUA

Paralisação atinge o 36º dia e é a mais longa da história

Foto: Pixabay

 

A paralisação do governo dos Estados Unidos se tornou a mais longa da história e, sem sinais de uma solução próxima, o impacto econômico se aprofunda. No 36º dia, o shutdown supera o recorde registrado no início de 2019, durante o governo Donald Trump. Estimativas apontam que a cada semana a economia perde entre US$ 10 bilhões e US$ 30 bilhões, com várias análises convergindo para cerca de US$ 15 bilhões semanais.

Historicamente, os efeitos sobre o crescimento tendem a ser temporários, já que os funcionários afastados costumam receber salários retroativos e os gastos retomam após a reabertura. Desta vez, porém, economistas avaliam que o impacto pode ser maior. A economia está mais frágil do que há sete anos, com preocupação sobre inflação e emprego, e as consequências atingem também milhões de americanos que podem perder acesso pleno à assistência alimentar às vésperas das festas de fim de ano.

Durante o shutdown anterior, o governo Trump tentou demitir milhares de servidores e sugeriu que nem todos deveriam receber pagamento retroativo. Mesmo que essas medidas não avancem agora, aumentam a incerteza sobre o quanto da atividade poderá ser recuperada.

O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO) estima que a paralisação pode reduzir o crescimento econômico do quarto trimestre em até 2 pontos percentuais. Se o impasse durar até a semana do Dia de Ação de Graças, cerca de US$ 14 bilhões podem não ser recuperados.

Os efeitos no setor privado também se acumulam. Contratos estão suspensos, parques e museus fechados afetam o turismo, e aeroportos enfrentam atrasos por falta de controladores recebendo salário. Além disso, a Administração de Pequenas Empresas calcula que US$ 2,5 bilhões em empréstimos para cerca de 4.800 pequenas empresas estão bloqueados, recursos que normalmente sustentariam operações e expansão.

Com informações do Bloomberg L.P.