ECONOMIA


Ibovespa fecha com leve alta após decisão do BC sobre a Selic

Alta da Vale compensa queda da Petrobras em dia de cautela no mercado

Foto: Reprodução/Freepik

 

O Ibovespa encerrou a quinta-feira (11) praticamente estável, com avanço de 0,07%, aos 159.189 pontos. O desempenho foi sustentado pela valorização da Vale, que compensou o forte recuo das ações da Petrobras. O movimento ocorreu um dia após o Banco Central manter a Selic em 15% ao ano, sem indicar o início dos cortes de juros esperados pelo mercado para 2026.

A decisão do BC reforçou a estratégia de manter a taxa em nível elevado por um período prolongado para garantir a convergência da inflação à meta, o que trouxe cautela aos investidores. Na curva de juros, contratos curtos ficaram próximos da estabilidade, enquanto os longos recuaram, acompanhando a queda dos rendimentos dos Treasuries nos Estados Unidos.

No cenário externo, S&P 500 e Dow Jones fecharam em máximas históricas após sinalização menos rígida do Federal Reserve, enquanto o Nasdaq caiu. No Brasil, o fluxo estrangeiro segue negativo em dezembro, apesar da queda do dólar frente ao real.

DESTAQUES DO DIA

VALE ON (VALE3) subiu 1,32%, ignorando o declínio dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou a sessão do dia com queda de 1,3%;

PETROBRAS PN (PETR4) fechou negociada em baixa de 2,13%, na esteira do declínio dos preços do petróleo no exterior, com o barril sob o contrato Brent fechando em queda de 1,49%.

PETROBRAS ON (PETR3) perdeu 2,03%;

BTG PACTUAL UNIT (BPAC11) avançou 2,53%, melhor desempenho entre os bancos do Ibovespa;

BRADESCO PN (BBDC4) subiu 1,15% e SANTANDER BRASIL UNIT (SANB11) ganhou 0,41%, mas BANCO DO BRASIL ON (BBAS3) cedeu 0,14% e ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) encerrou com decréscimo de 0,08%;

HAPVIDA ON (HAPV3) avançou 3,41%, em dia de recuperação, após renovar mínima histórica de fechamento na véspera, a R$13,48. O papel vem sofrendo desde a divulgação do balanço do terceiro trimestre, acumulando no período até a quarta-feira um tombo de 58,8%;

SUZANO ON (SUZB3) cedeu 4,26%, em pregão com evento da produtora de papel e celulose com investidores, além de divulgação de previsões, incluindo menor endividamento. Também no radar estiveram anúncios sobre pagamento de dividendos e aumento de capital;

KLABIN UNIT (KLBN11) caiu 2,44%.

USIMINAS PNA (USIM5) perdeu 2,76%, tendo também no radar evento do grupo siderúrgico com investidores, no qual o diretor financeiro afirmou que as negociações com montadoras de veículos que têm contratos que devem ser renovados em janeiro do próximo ano caminham para uma estabilidade de preços no aço;

EMBRAER ON (EMBJ3) recuou 2,55%, em pregão de ajustes, após renovar máxima intradia na véspera, quando foi negociada acima de R$90 pela primeira vez. No ano, a ação da fabricante de aviões ainda acumula uma valorização de 55%.

Com informações da Reuters