ECONOMIA


Heineken registra queda de 4,3% nas vendas de cerveja e recuo de dois dígitos no Brasil

Segundo a fabricante holandesa, o resultado reflete um 'sentimento mais contido do consumidor'

Foto: Isabella Mendes/Pexels

 

A fabricante holandesa Heineken registrou uma redução de 4,3% nas vendas globais de cerveja no terceiro trimestre de 2025, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (22). O desempenho negativo foi atribuído às incertezas comerciais especialmente nas Américas do Norte e do Sul. As informações são do Metrópoles.

No Brasil, a companhia reportou um recuo ainda mais acentuado, com queda superior a dois dígitos. O resultado reflete, segundo a Heineken, um “sentimento mais contido do consumidor” e as incertezas comerciais que vêm afetando o setor.

“A volatilidade macroeconômica persistiu como previsto e aumentou no terceiro trimestre, criando um ambiente desafiador, resultando em um desempenho misto”, admitiu o CEO da Heineken, Dolf van den Brink. “Particularmente nas Américas, o mercado de cerveja está realmente enfraquecendo.”

A Heineken, dona de marcas como Amstel, Birra Moretti e Cruzcampo, também informou uma retração de 1,4% na receita total, que somou 8,7 bilhões de euros (aproximadamente R$ 54,3 bilhões). A receita líquida caiu 0,3%, chegando a 7,3 bilhões de euros (R$ 45,6 bilhões).

Os resultados nas Américas, onde as vendas de cerveja encolheram 7,4%, foram parcialmente compensados por um desempenho melhor em mercados da África, do Oriente Médio e de países asiáticos. A empresa prevê para 2025 uma “diminuição modesta” nos volumes e crescimento do lucro abaixo da faixa esperada de 4% a 8%.