ECONOMIA


Haddad cogita ir à Justiça após Congresso derrubar alta do IOF: “É flagrantemente inconstitucional”

Haddad disse que acreditava ter chegado "num baita de um acordo" com Hugo Motta e Alcolumbre após reunião

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo avalia três alternativas para responder à decisão do Congresso de derrubar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). As opções incluem recorrer à Justiça, buscar novas fontes de receita ou realizar um novo corte orçamentário, que, segundo ele, “vai pesar para todo mundo”.

Em entrevista à Folha, Haddad destacou que a decisão final caberá ao presidente Lula, mas defendeu a via judicial. Para o ministro, a derrubada do decreto do IOF pelo Congresso é “flagrantemente inconstitucional”, conforme a avaliação dos juristas do governo.

Haddad expressou surpresa com a reviravolta, mencionando que acreditava ter chegado a um “baita de um acordo” com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), em reunião no último dia 8. “Saí de lá imaginando que estava tudo bem. Não só eu, todo mundo. Eu não sei o que mudou. Eu não consigo… O que mudou daquele domingo para hoje?”, questionou o ministro.

Ele adiantou que o governo pretende intensificar o discurso de justiça tributária, buscando reduzir a carga de impostos para os mais pobres e aumentar a tributação sobre os mais ricos. “Se a turma da Faria Lima está incomodada, tudo bem”, concluiu Haddad.