Gigantes do petróleo se preparam para queda nos preços
Empresas como ExxonMobil, Shell e Chevron ajustam estratégias em meio à pressão no mercado

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As maiores empresas petrolíferas do mundo, incluindo ExxonMobil, Chevron, Shell, TotalEnergies e BP, estão se preparando para enfrentar uma nova queda nos preços do petróleo. Este cenário de baixa é o terceiro em pouco mais de uma década. Em suas recentes atualizações de resultados trimestrais, as companhias buscaram tranquilizar os investidores sobre a força de seus balanços e a ausência de pressa em reduzir gastos ou retornos aos acionistas.
Darren Woods, presidente da ExxonMobil, que possui um valor de mercado de US$ 472 bilhões, destacou que a empresa está preparada para uma desaceleração. Ele mencionou cortes de cerca de US$ 13 bilhões em custos ao longo de cinco anos. A Chevron, por sua vez, garantiu que pode gerar um fluxo de caixa livre de US$ 9 bilhões, mesmo com o petróleo a US$ 60 por barril. A Shell afirmou que manterá seus dividendos, mesmo que o preço do petróleo caia para US$ 40.
Analistas do setor, como Kim Fustier do HSBC, apontam que as grandes petrolíferas reduziram seus planos de despesas de capital em 2% recentemente. A consultoria Wood Mackenzie prevê gastos de capital de US$ 98 bilhões este ano entre as cinco supermajors, uma diminuição de quase 5% em relação a 2023. Christopher Kuplent, do Bank of America, alerta que uma média de preços abaixo de US$ 60 poderia revelar vulnerabilidades nas empresas.
Em um cenário de incerteza, as gigantes do petróleo buscam adaptar suas estratégias para manter a estabilidade financeira e se posicionar para oportunidades futuras. A Folha de S.Paulo destaca que estas empresas estão em modo de espera, evitando decisões precipitadas enquanto aguardam a evolução do mercado.