Exportação de frango do Brasil cai 1,5% por causa da gripe aviária
Antes da descoberta do surto, o país ainda registrava um ligeiro aumento de 0,2% nas exportações de frango neste mês

Foto: Reprodução/redes sociais
O Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, enfrenta desafios após a confirmação de um caso de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. Como consequência, as exportações do produto registraram queda de 1,5% em maio, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Antes da descoberta do surto, o país ainda registrava um ligeiro aumento de 0,2% nas exportações de frango neste mês.
Diversos países aplicaram embargos à carne de frango brasileira, afetando significativamente o comércio. Entre os principais importadores que suspenderam totalmente as compras estão a China, África do Sul, Filipinas, União Europeia, México e Iraque. No entanto, algumas nações como os Emirados Árabes Unidos e Japão optaram por embargos regionais, restringindo apenas a carne do município de Montenegro, onde o caso foi detectado. Essas restrições resultaram em uma média diária de exportação de 19,9 mil toneladas, abaixo das 20,2 mil toneladas do mesmo período do ano passado.
O Governo Brasileiro, em colaboração com o setor privado, trabalha para negociar a regionalização dos embargos, o que pode suavizar o impacto nas exportações. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou que a Coreia do Sul já iniciou a regionalização das restrições, focando apenas no Rio Grande do Sul. Segundo análise do Itaú BBA, se novos casos não surgirem, é possível que as negociações avancem rapidamente, minimizando os prejuízos. Contudo, a situação ainda exige cautela, visto que mais de 40 destinos implementaram algum tipo de embargo à carne brasileira.
O Ministério da Agricultura segue monitorando a situação, com um sistema ativo de busca por novos casos. Até o momento, sete suspeitas foram descartadas, e outras investigações em andamento indicam resultados preliminares negativos para a gripe aviária. Enquanto isso, o Brasil entrou em um período crítico de 28 dias para se autodeclarar livre do surto, caso nenhum outro caso seja registrado. A informação foi destaque na Folha de S.Paulo, que continua a acompanhar de perto os desdobramentos deste impacto no setor avícola.