ECONOMIA


EUA estão dispostos a dialogar sobre tarifaço, diz Haddad

Ministro da Fazenda diz que há sinalização de diálogo por parte dos americanos, mas governo prepara plano de contingência e estuda medidas para proteger empregos

Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (29) que o governo dos Estados Unidos está aberto a discutir sobre o tarifaço. A medida que resulta em uma sobretaxa de 50% às importações brasileiras entra em vigor na próxima sexta-feira. As informações são do portal g1.

“O Brasil nunca abandonou a mesa de negociação. Eu acredito que, nesta semana, já há algum sinal de interesse em conversar. E há uma maior sensibilidade de algumas autoridades dos Estados Unidos de que, talvez, tenha se passado um pouquinho e, que, queiram conversar. Alguns empresários estão fazendo chegar ao nosso conhecimento que estão encontrando maior abertura lá”, disse Haddad.

Enquanto tenta abrir negociações com o governo dos Estados Unidos, o ministro da Fazenda afirmou que o Executivo já prepara um plano de contingência para o caso de o tarifaço norte-americano ser realmente implementado. Segundo ele, o Brasil está confiante no trabalho desenvolvido até aqui e preparado para enfrentar o impacto externo, mesmo que não tenha sido responsável por sua origem.

O governo, de acordo com o ministro, está pronto para proteger empresas e trabalhadores, sem abandonar o compromisso com o diálogo, a racionalidade e o respeito mútuo nas negociações com os EUA.

Haddad também comentou sobre a possibilidade de o governo adotar um plano de proteção ao emprego nos moldes do implementado durante a pandemia da Covid-19, quando o Executivo arcava total ou parcialmente com salários do setor privado em troca da manutenção dos postos de trabalho. O ministro da Fazenda afirmou que essa é uma das alternativas em análise.

Ele destacou que existem diversos cenários sendo considerados e que há uma legislação que permite esse tipo de programa. No entanto, ressaltou que a decisão final caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que definirá a escala, o montante, a conveniência e o momento mais adequado para adoção das medidas.