ECONOMIA


Energia elétrica e gasolina puxam alta da inflação na RM de Salvador, que supera média nacional

Entre os 11 locais pesquisados separadamente pelo IBGE, a RMS teve o quinto maior índice

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

A prévia da inflação oficial subiu 0,42% em junho na Região Metropolitana de Salvador (RMS), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quinta-feira (26). O resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi maior do que o registrado no mês anterior, após três desacelerações consecutivas, e superou a média nacional (0,26%). Entre os 11 locais pesquisados separadamente pelo IBGE, a RMS teve o quinto maior índice.

O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês e considera os preços coletados entre 16 de maio e 13 de junho. Em junho, seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados na região tiveram aumento médio de preços, com destaque para transportes (1,15%) e habitação (0,91%). As maiores altas vieram da gasolina, que subiu 3,96%, e da energia elétrica, com aumento de 2,30%.

A elevação nas contas de luz foi impulsionada pela adoção da bandeira tarifária vermelha, que acrescenta R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. A medida foi adotada diante da queda no volume de chuvas e da redução na geração de energia por hidrelétricas, segundo projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Em maio, o IPCA cheio registrou alta de 0,26%, com destaque para o subgrupo de energia elétrica, que subiu 2,77% no país. Em Salvador, a alta foi ainda mais expressiva: 4,77%, 0,15 ponto percentual acima da média nacional.

Com o resultado de junho, o IPCA-15 da RMS acumula alta de 3,13% no primeiro semestre de 2025, acima do índice nacional (3,06%). Já no acumulado dos últimos 12 meses, a variação é de 4,86% na região, também superior à registrada até maio (4,68%), o que indica retomada na aceleração inflacionária. Apesar disso, o índice da RMS segue abaixo da média nacional (5,27%) e é o terceiro menor entre os locais pesquisados, à frente apenas de Recife (4,65%) e Porto Alegre (4,76%).