ECONOMIA


Dólar recua R$ 5,67 com tensão entre EUA e China e risco fiscal no Brasil

Presidente Donald Trump anunciou aumento de 25% para 50% a taxação sobre importações de aço e alumínio

Foto: Pixabay

 

O dólar iniciou a semana e o mês com forte queda no mercado brasileiro, acompanhando o movimento de desvalorização da moeda americana no exterior, em meio à intensificação da tensão comercial entre China e Estados Unidos.
Os dois países voltaram a trocar acusações de violar a trégua tarifária de 90 dias firmada no mês passado, o que reacendeu o temor de uma nova escalada na guerra comercial.

Além disso, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que as tarifas sobre as importações de aço e alumínio serão elevadas de 25% para 50%, medida que entra em vigor na próxima quarta-feira (4).

Apesar da tendência global de queda do dólar, o real teve desempenho inferior ao de outras moedas latino-americanas, como os pesos chileno e mexicano. Segundo operadores, essa diferença está relacionada ao aumento da percepção de risco fiscal no Brasil — impulsionada pela incerteza sobre o IOF e pela mudança na perspectiva da nota de crédito do país pela Moody’s, de positiva para estável, o que afasta o Brasil do chamado grau de investimento.

Durante o dia, o dólar chegou a cair para R$ 5,6671, mas reduziu as perdas na segunda metade do pregão, acompanhando a virada do Ibovespa para o negativo. A moeda fechou esta segunda-feira (2) em queda de 0,77%, cotada a R$ 5,6757, após já ter recuado 0,76% em maio.

No acumulado de 2025, o dólar registra uma queda de 8,16% frente ao real, que, até o momento, é a moeda latino-americana com melhor desempenho no ano.

Com informações do Estadão Conteúdo