ECONOMIA


China diz estar de portas abertas para exportações brasileiras

Quatro membros originais do grupo Brics conversam e se articulam estrategicamente frente às ameaças tarifárias de Trump

Foto: Diego Baravelli/MInfra

 

A China reafirmou nesta semana estar aberta para ampliar as importações de produtos brasileiros, incluindo itens que enfrentam barreiras em outros mercados, como carne e café. Após anunciar a habilitação de 183 empresas brasileiras do setor cafeeiro no mesmo dia em que os Estados Unidos divulgaram sobretaxas, a Embaixada chinesa escreveu em mensagem nas redes sociais: “Churrasco na China? Sim, meus amigos!”, citando restaurantes de rodízio em Pequim, Xangai e Shenzhen.

Nos últimos três dias, a representação diplomática vem divulgando orientações para empresas brasileiras sobre como vender no país, tanto por meio de plataformas online quanto em feiras comerciais, como a que ocorrerá em Xiamen no próximo mês. “A China está de portas abertas para os produtos brasileiros – e o comércio eletrônico é a ponte. Café? Própolis? Açaí em pó? É óbvio!”, afirmou a embaixada.

A ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Atração de Investimentos) também intensificou ações de marketing no país asiático desde a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em maio. Entre as iniciativas, estão campanhas para promover café na rede Luckin e açaí na rede Mixue.

As medidas integram um esforço mais amplo de aproximação comercial e política. Na última quarta-feira (6), o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, conversou por telefone com o chanceler Wang Yi, diretor do Escritório de Relações Internacionais do Partido Comunista da China —cargo equivalente ao de segurança nacional no Brasil.

Wang afirmou que a parceria entre os dois países é estratégica e guiada pelos presidentes Xi Jinping e Lula, ressaltando que a cooperação bilateral deve “compensar as incertezas externas com estabilidade e complementaridade”.

(Com informações do jornal Folha de S. Paulo)