ECONOMIA


Captação no mercado de capitais soma R$ 328,4 bi no 1º semestre

Com leve queda em relação a 2024, debêntures seguem como principal instrumento

Foto: Freepik

 

As empresas brasileiras captaram R$ 328,4 bilhões no mercado de capitais no primeiro semestre de 2025, segundo dados da Anbima divulgados nesta quarta-feira (17). Apesar da leve queda de 4,5% em relação ao mesmo período do ano passado, o valor representa o segundo maior volume já registrado para um primeiro semestre desde 2012.

Os títulos de renda fixa lideram o movimento, com destaque para as debêntures, que captaram R$ 192,6 bilhões. As incentivadas ganharam espaço e responderam por 39% desse total, batendo recorde semestral com R$ 74,5 bilhões.

“É difícil manter o ritmo do ano passado, quando muitas empresas se anteciparam para refinanciar dívidas”, avaliou Guilherme Maranhão, da Anbima.

Outros destaques incluem os FIDCs, com R$ 40,6 bilhões captados (+8,9%), e as notas comerciais, que tiveram crescimento expressivo de 127% e somaram R$ 29,5 bilhões. “O custo menor atrai as empresas, e a tendência é que esse papel ganhe mais espaço”, disse César Mindof, diretor da entidade.

Já os fundos imobiliários registraram queda de 24,6% na comparação anual, com R$ 20,6 bilhões, e os Fiagros somaram R$ 2,1 bilhões. Segundo Maranhão, o cenário de juros altos explica o desempenho mais modesto desses instrumentos, mas uma corrida por captações pode ocorrer caso o Congresso aprove a tributação de ativos hoje isentos.