ECONOMIA


Braskem registra queda de 67% no EBITDA recorrente no 2º trimestre de 2025

Desempenho fraco reflete cenário desafiador da indústria química e redução nos spreads de produtos

Foto: Baskem

 

A Braskem registrou um EBITDA recorrente de US$ 74 milhões (R$ 427 milhões) no segundo trimestre de 2025, queda de 67% em relação ao primeiro trimestre. O resultado foi impactado pela redução nos spreads de polietileno (PE) e PVC no mercado internacional e pelo efeito dos estoques com matérias-primas adquiridas a preços mais altos.

A geração de caixa operacional foi negativa em R$ 175 milhões, mas com menor consumo do que no trimestre anterior. A empresa destacou esforços para otimizar estoques e reduzir custos com matérias-primas. O consumo recorrente de caixa totalizou R$ 1 bilhão, influenciado pelos menores pagamentos de juros no período.

A companhia teve prejuízo líquido de US$ 45 milhões (R$ 267 milhões), mas manteve uma posição de caixa robusta de US$ 1,7 bilhão (R$ 10 bilhões), suficiente para cobrir suas dívidas pelos próximos 30 meses. A dívida bruta corporativa permaneceu estável em US$ 8,5 bilhões (R$ 49 bilhões).

Segundo a Braskem, o setor químico brasileiro enfrenta um cenário crítico, com nível de ociosidade de 38%, que é o maior em três décadas, segundo a Abiquim. Apesar do ambiente adverso, a empresa registrou aumento de 19% nas exportações e de 26% nas vendas da resina renovável I’m Green bio-based, impulsionadas por maior demanda.