ECONOMIA


Bancos rebaixam recomendações de ações da Hapvida após tombo histórico

Instituições financeiras também apontaram piora no desempenho financeiro da operadora de saúde

Foto: Divulgação

 

Após o tombo histórico das ações da Hapvida, uma série de instituições financeiras rebaixou suas recomendações sobre os papéis da companhia, líder em serviços de saúde na América Latina. JP Morgan, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e BTG Pactual foram alguns dos bancos que passaram a orientar cautela aos investidores.

As análises destacam deterioração no desempenho financeiro. Segundo o JP Morgan, o resultado foi pressionado por “tíquete menor que o esperado, sinistros acima do previsto e sazonalidade negativa mais intensa”, fatores agravados pelo aumento na oferta de serviços da rede própria.

“A perda no resultado final foi impulsionada pela operação, refletindo uma combinação de adições líquidas limitadas, tíquete menor que o esperado e MLR/sinistros per capita acima do previsto, em razão do aumento da disponibilidade de serviços com o fortalecimento da rede própria e de uma sazonalidade negativa mais forte do que o habitual, marcada por um inverno mais frio e viroses tardias”, apontou a análise

De acordo com a coluna Dinheiro e Negócios, do Metrópoles, a derrocada na Bolsa não é um episódio isolado. Em 13 de novembro, a empresa já havia caído 43% em um único dia após divulgar o balanço trimestral, ampliando uma trajetória de perdas contínuas. Em quatro anos, o valor de mercado despencou de R$ 110 bilhões, após a fusão com a Notre Dame em 2021, para cerca de R$ 8 bilhões.

Desde sua estreia na B3, em 2018, quando valia R$ 16 bilhões e a ação custava R$ 260, os papéis recuaram para R$ 17. Especialistas apontaram o resultado operacional da empresa como motivo da queda. Medido pelo Ebitda, sigla em inglês para “lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização”, ficou em R$ 746,4 milhões, uma queda de 17,6% na mesma base de comparação.

Com informações do Metrópoles