ECONOMIA


Balança comercial tem superávit mais baixo em três anos

Commodities em queda e crescimento econômico impactam resultados de maio

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

 

Em maio, a balança comercial brasileira registrou seu menor superávit para o mês em três anos, com um saldo positivo de US$ 7,238 bilhões. Essa cifra representa uma queda de 12,8% em comparação com o mesmo período de 2024. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que apontou que esse é o menor superávit para maio desde 2022.

Nos primeiros cinco meses de 2025, o superávit acumulado foi de US$ 24,432 bilhões, uma redução de 30,6% em relação ao ano anterior. Esse declínio se deve, em parte, ao déficit de US$ 471,6 milhões em fevereiro, principalmente pela importação de uma plataforma de petróleo. As exportações mantiveram-se estáveis, enquanto as importações cresceram, com um aumento de 4,7% em maio, totalizando US$ 22,918 bilhões, o segundo maior valor histórico para o mês.

A queda nos preços de commodities, como soja e minério de ferro, influenciou os resultados. A soja, por exemplo, teve um declínio de 3,9% nas vendas devido à queda de 8,4% nos preços, apesar do aumento de 4,9% no volume vendido. O mesmo ocorreu com o petróleo e o minério de ferro, que também viram seus preços caírem. No entanto, produtos como café e carne bovina tiveram alta nos preços, ajudando a equilibrar a balança.

As importações de adubos, fertilizantes e veículos foram as que mais cresceram, sendo os fertilizantes o destaque, com um aumento de 25,9% no valor adquirido. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços estima que o superávit para 2025 será de US$ 70,2 bilhões, uma redução de 5,4% em relação a 2024. As projeções para exportações e importações também indicam crescimentos de 4,8% e 7,6%, respectivamente. No entanto, essas estimativas podem ser revisadas em julho, considerando os impactos do conflito comercial entre EUA e China.