ECONOMIA


Azul é retirada do Ibovespa após pedido de recuperação judicial nos EUA

Decisão da B3 reflete o impacto da recuperação judicial da companhia aérea e sua busca por reestruturação

Foto: Azul/Reprodução

 

A Bolsa de Valores brasileira, B3, anunciou a retirada das ações da Azul de todos os índices acionários, incluindo o Ibovespa. A mudança ocorrerá a partir do fechamento do mercado nesta quinta-feira (29). Essa decisão surge em resposta ao recente pedido de recuperação judicial da empresa nos Estados Unidos, conhecido como Chapter 11. A Folha de S.Paulo destaca que esse procedimento é comum em situações como essa, o que já aconteceu anteriormente com a Gol.

Os papéis da Azul serão retirados ao preço de fechamento do pregão regular, e sua participação será redistribuída entre os demais integrantes da carteira. A empresa será alocada em uma categoria chamada ‘outras condições’, permitindo que suas ações sejam negociadas normalmente. No mesmo dia, as ações da Azul registraram uma queda de 2,8%, enquanto os recibos negociados na Bolsa de Nova York caíram mais de 40% antes de terem suas negociações suspensas.

Em janeiro deste ano, a Azul havia firmado um memorando de entendimento com a Abra, controladora da Gol, que poderia culminar em uma fusão das duas companhias. Contudo, a reestruturação atual coloca essa operação em pausa. O CEO da Azul, John Rodgerson, declarou à Folha que essa reestruturação é necessária para aliviar o peso das dívidas. Com um acordo prévio com credores e o apoio das gigantes United e American Airlines, a expectativa é que o processo seja rápido.

O setor aéreo ainda enfrenta desafios para se recuperar dos impactos da pandemia de Covid-19. A Azul era a única entre as grandes companhias brasileiras que ainda não havia solicitado o Chapter 11, seguindo os passos da Gol e da Latam. A entrada futura de United e American Airlines na recuperação financeira da Azul reforça a busca por um caminho sustentável para a companhia.