ECONOMIA


Alckmin diz que tarifa dos EUA prejudica consumidor americano e anuncia reação com Lei de Reciprocidade

Segundo vice-presidente, decreto de regulamentação da Lei de Reciprocidade será publicado até terça-feira (15)

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou neste domingo (13), em São Paulo, que a decisão do governo dos Estados Unidos de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros prejudica diretamente o consumidor norte-americano.

“Não tem sentido essa tarifa. Inclusive, ela prejudica o consumidor norte-americano”, disse Alckmin, em resposta à medida anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, com previsão de entrada em vigor a partir de 1º de agosto.

O vice-presidente informou que o governo brasileiro responderá ao tarifaço com base na Lei de Reciprocidade Econômica, aprovada pelo Congresso, e que o decreto de regulamentação será publicado até terça-feira (15). A norma prevê que o Brasil adote medidas equivalentes contra países que elevarem tarifas de forma unilateral.

“Se houver tarifa lá, haverá tarifa aqui. A regulamentação sai amanhã ou até terça-feira”, afirmou Alckmin. Ele também disse que o Brasil vai recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar a medida.

Alckmin destacou que não há justificativa econômica para o aumento das tarifas, lembrando que os Estados Unidos mantêm um superávit comercial com o Brasil. “O Brasil não é problema para os EUA. Eles têm um superávit conosco, tanto de bens quanto de serviços. O déficit comercial dos EUA no ano passado foi de US$ 1,2 trilhão, mas não com o Brasil. O Brasil é superavitário para eles”, disse.