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Suspeito de ataque hacker a sistema do Pix é preso em São Paulo

Homem é funcionário da C&M e teria facilitado transferências eletrônicas em massa

Imagem: Reprodução/Redes sociais

 

A Polícia Civil de São Paulo prendeu um suspeito de envolvimento no ataque hacker milionário contra a empresa C&M Software, que presta serviços a instituições financeiras. João Nazareno Roque, 48 ano, foid detido em casa, na noite de quinta-feira (3).

Durante a ação, investigadores apreendera, equipamentos eletrônicos que devem ajudar na investigação.

A polícia de São Paulo tem um inquérito paralelo à Polícia Federal, que também foi acionada, já que um bancos alvos do ataque é do estado paulista. A prisão foi feita pela Divisão de Combate a Crimes Cibernéticos, no bairro de Taipas, Zona Norte da capital.

O inquérito diz que as investigações apontam que “foi possível identificar que um funcionário da empresa C&M, estaria envolvido neste esquema, facilitando que demais indivíduos realizassem transferências eletrônicas em massa, no importe de R$ 541 milhões para outras instituições financeiras”. A C&M custodia transações via Pix entre a empresa vítima BMP e o Banco Central.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o ataque foi de pelo menos R$ 800 milhões e já é considerado um dos maiores do setor financeiro brasileiro. O Banco Central confirmou o ataque, mas não informou os valores envolvidos no episódio.

A empresa C&M diz em nota que a ação criminosa incluiu o “uso indevido de credenciais de clientes” e as “medidas previstas nos protocolos de segurança C&M foram integralmente executadas diante do ataque”.

Segundo a Agência Brasil, os criminosos invadiram os sistemas da C&M Software e conseguiram desviar recursos depositados por bancos em contas reservas mantidas no Banco Central (BC).

O ataque, contudo, não afetou nenhum cliente porque atingiu a infraestrutura tecnológica da C&M. Também não há informações oficiais sobre quantas instituições financeiras foram afetadas.

“A C&M Software, prestadora de serviços de tecnologia para instituições provedoras de contas transacionais que não possuem meios de conexão própria, comunicou ataque à sua infraestrutura tecnológica. O Banco Central determinou à C&M o desligamento do acesso das instituições às infraestruturas por ela operadas”, afirmou o BC em nota.