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Servidor do INSS é acusado de desviar R$ 2,3 milhões com criação de beneficiários fantasmas

TCU determinou a devolução dos valores e cassou a aposentadoria do funcionário, apontado como líder do esquema

Foto: Reprodução

 

Um servidor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é acusado de fraudar o sistema do órgão para desviar mais de R$ 2,3 milhões em benefícios previdenciários e assistenciais. O esquema foi executado entre os estados do Maranhão e do Piauí, e envolvia a criação de beneficiários inexistentes ou já falecidos.

Segundo apuração do Tribunal de Contas da União (TCU), Gilson Barbosa Machado, que atuava na Agência da Previdência Social de Parnaíba (PI), manipulava dados nos sistemas do INSS, forjando documentos como certidões de nascimento, identidades e comprovantes de residência. Com isso, ele criava cadastros falsos e solicitava a transferência dos benefícios para Parnaíba, o que funcionava como uma falsa comprovação de vida.

A partir daí, os integrantes da organização criminosa, que operavam com Gilson, realizavam os saques mensais dos valores. De acordo com o TCU, sete pessoas participaram do esquema: Felipe Oliveira de Araujo, Francisco das Chagas dos Santos, Isabel Cristina Pereira Oliveira de Sousa, Joanilda Passos do Nascimento, Jonathan Hans Silva Lima, Luiz Gonzaga Balbino de Lima e Maria do Socorro Pereira Lima.

O caso começou a ser investigado após uma Tomada de Contas Especial (TCE) aberta pelo próprio INSS. O processo foi encaminhado ao TCU em novembro de 2023, que responsabilizou Gilson pelos desvios e determinou a cassação de sua aposentadoria.

Na última quarta-feira (16), o TCU decidiu, por unanimidade, que os oito envolvidos devem devolver os valores desviados aos cofres públicos no prazo de até 15 dias.