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Preso desde julho, Oruam será levado para cela coletiva

Rapper ficará em presídio onde estão chefes do Comando Vermelho (CV)

Foto: Instagram/ @oruamunic

O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, passou por nova audiência de custódia nesta segunda-feira (4) e teve a prisão mantida pela Justiça. Ele será transferido para uma cela coletiva no Presídio Bangu 3.

A juíza da Central de Custódia, Laura Noal Garcia, que conduziu a audiência, afirmou em sua decisão:

“O mandado de prisão está dentro do prazo de validade e a decisão que gerou sua expedição não foi revogada, por decisão recursal. Sendo regulares o ato prisional e o mandado de prisão no caso concreto e não havendo requerimentos de mérito, não há nada a prover.”

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que a galeria onde Oruam ficará alojado abriga presos ligados ao Comando Vermelho.

Prisão

O rapper está preso preventivamente desde 22 de julho, quando se entregou à Polícia Civil. No dia anterior, Oruam e amigos teriam atirado pedras contra policiais que cumpriam um mandado de prisão contra um adolescente supostamente presente na casa do rapper, no bairro do Joá, zona oeste do Rio. O adolescente conseguiu fugir.

Denúncia e Réu

No dia 30, a Justiça do Rio aceitou denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro e tornou Oruam réu por tentativa de homicídio qualificada. A decisão também incluiu Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, amigo do rapper.

Segundo a denúncia, a tentativa de homicídio se deu pelo arremesso de pedras com peso entre 130 gramas e 4,85 quilos, lançadas de uma altura de 4,5 metros. Além disso, Oruam é acusado de associação e tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. Inicialmente, a acusação considerou tentativa de ameaça a declaração do rapper em que dizia ser filho de Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho.