BRASIL


PGR defende que motoristas de aplicativos não tenham vínculo empregatício

Tema será decidido pelo STF em julgamento com repercussão geral nesta quarta-feira (1)

Foto: Divulgação/Uber

A PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestou contra o reconhecimento de vínculo empregatício entre motoristas de aplicativo e empresas do setor, como a Uber. Em nota divulgada na segunda-feira (29), o órgão defende que existem outras formas de contratação além da CLT.

O caso será julgado pelo plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) na quarta-feira (1). A decisão terá repercussão geral, ou seja, oque for definido, precisará ser aplicado em todos os tribunais em processos semelhantes.

Para Paulo Gonet, procurador-geral da República, o STF já decidiu que a Constituição não obriga um modelo único de emprego, não impede empresas de adotarem estratégias flexíveis nem proíbe a terceirização. Ele também citou votos de ministros em casos parecidos.

O processo foi apresentado pela Uber após o TST (Tribunal Superior do Trabalho) reconhecer a existência de vínculo empregatício entre o motorista e a empresa.

Edson Fachin, atual presidente do STF, é o relator da ação. O ministro já realizou uma audiência pública sobre o tema em dezembro do ano passado.