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MP da Paraíba denuncia Hytalo e marido por tráfico e produção de material pornográfico contra menores

O órgão também pediu indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 10 milhões

Foto: Divulgação/Polícia Civil SP

 

O Ministério Público da Paraíba (MP-PB) apresentou, nesta segunda-feira (15), denúncia contra o influenciador Hytalo Santos e seu marido, Israel Vicente, conhecido como Euro. O casal é acusado de tráfico de pessoas, produção de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes e favorecimento da prostituição ou exploração sexual de vulnerável.

O órgão pediu indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 10 milhões. Hytalo e Israel estão presos preventivamente desde 15 de agosto, em Carapicuíba (SP).

Segundo o MP-PB, a denúncia foi oferecida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) após investigação conduzida em parceria com a Polícia Civil da Paraíba, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

As investigações apontam que o casal criava conteúdo para redes sociais com o objetivo de explorar a imagem de crianças e adolescentes, utilizando promessas de fama e vantagens materiais para atrair vítimas em situação de vulnerabilidade.

Os dois vão responder na justiça por três crimes:

Prática de três crimes: tráfico de pessoas (art. 149-A, Código Penal), pelo agenciamento e aliciamento de adolescentes e suas famílias, com promessas ilusórias, visando ao controle da liberdade e da vida íntima das vítimas para fins de exploração sexual);

Produção de material pornográfico envolvendo crianças ou adolescentes (art. 240, ECA), pela geração e divulgação de conteúdos de cunho sexual em redes sociais, com a finalidade de monetização e aumento de engajamento digital;

E favorecimento da prostituição ou exploração sexual de vulnerável (art. 218-B, CP), pelo incentivo à prática de atos sexuais com terceiros, inclusive mediante situações de extremo constrangimento, como a exposição de adolescentes em ambientes e papéis destinados à exploração sexual.

Além de responder pelos crimes, o Ministério Público também solicitou o pagamento indenizatório por danos morais coletivos no valor de R$ 10 milhões, em decorrência da violação de direitos fundamentais de crianças e adolescentes e da ofensa à dignidade humana.

A denúncia ainda será avaliada pela Justiça Paraibana.