BRASIL


IA não pode ser privilégio de poucos nem instrumento na mão de milionários, diz Lula

Declaração foi feita durante reunião da Cúpula do Brics, no Rio de Janeiro

Foto: Ricardo Stuckert / PR

 

O presidente Lula afirmou neste domingo (6) que o desenvolvimento da inteligência artificial (IA) não pode se tornar privilégio de poucos países e instrumento de manipulação na mão de bilionários. Ele defendeu reformas em instituições internacionais e uma governança justa para a democratização da tecnologia. Para o presidente, o desenvolvimento e o crescimento sustentável do mundo estão diretamente ligados à justiça tributária e ao combate à evasão fiscal.

As declarações foram feitas durante reunião da Cúpula do Brics, no Rio de Janeiro.

Em sua fala, Lula defendeu a revisão do sistema de cotas no Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmando que os votos dos países do Brics na instituição deveriam corresponder a pelo menos 25% do total —atualmente, respondem por 18%.

O presidente também apontou a necessidade de se promover uma reforma na Organização Mundial do Comércio (OMC). “Sua paralisia e o recrudescimento do protecionismo criam uma situação de assimetria insustentável para países em desenvolvimento. Não será possível restabelecer a confiança na OMC sem promover um equilíbrio justo de obrigações e direitos que reflita adequadamente os interesses de todos os seus membros”, afirmou Lula.

“Precisamos destravar as negociações agrícolas e estabelecer um novo pacto sobre comércio e clima que distinga políticas ambientais legítimas de protecionismo disfarçado”, disse.