BRASIL


Governador do Rio cobra apoio do governo federal e registra confrontos em áreas de mata

Cláudio Castro classifica ação como a maior já realizada no estado e detalha números preliminares da operação nos complexos do Alemão e da Penha

Foto: Reprodução/ TV Globo

 

O governador Cláudio Castro afirmou, nesta terça-feira (28), que os confrontos da megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha concentram-se principalmente em áreas de mata, minimizando os “efeitos colaterais” para a população. Ele destacou que a ação, que visa prender cerca de 100 traficantes do Comando Vermelho, é a maior já realizada pelas forças de segurança do Rio, superando inclusive a ocupação de 2010 que resultou na criação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

Até as 11h45, o balanço oficial indicava 56 presos, 18 criminosos mortos, dois policiais civis mortos, 31 fuzis apreendidos e uma quantidade de drogas ainda não contabilizada. Castro ressaltou que todas as regras da ADPF 635, conhecida como ADPF das Favelas, foram seguidas, com acompanhamento do Ministério Público estadual.

O governador também cobrou maior integração com as forças federais, apontando que, ao contrário de 2010, a operação atual não contou com apoio de blindados nem de agentes federais. “O Rio de Janeiro não produz essas armas, essas drogas, esse poder bélico está sendo financiado com lavagem de dinheiro. Tudo que o Estado pode fazer está sendo feito”, disse.

A operação faz parte da iniciativa permanente do governo estadual, chamada Operação Contenção, voltada ao combate da expansão do Comando Vermelho em território fluminense. Durante os confrontos, traficantes reagiram com barricadas em chamas, tiros e lançamento de bombas via drones, enquanto a Polícia Civil e Militar seguem realizando buscas e prisões estratégicas na região.