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Funcionários dos Correios rejeitam acordo salarial; decisão será do TST

O acordo incluía gratificação de férias em 70% e reajuste salarial de 5,13%, com validade inicial para janeiro de 2026

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os funcionários dos Correios rejeitaram na última terça-feira (23) o acordo de trabalho apresentado pela empresa, em meio a intervenção do Tribunal Superior do Trabalho (TST). A proposta prevê o fim do ponto de exceção para os carteiros a partir de 01 de Agosto de 2026, com a recusa, caberá às autoridades decidir quais reivindicações serão incluídas ao novo contrato de trabalho.

Atualmente, a empresa vive uma grave crise financeira e tenta assinar um empréstimo de R$ 12 bilhões até o fim do ano. A maioria das entidades sindicais que participaram das assembleias, optaram por rejeitar a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2025/2027, sendo 18 rejeições e 16 aprovações dos sindicalistas. Após a negativa, a estatal decidiu encerrar as negociações diretas com os colaboradores e passou a tramitar no âmbito legal para dar sequência ao processo.

O acordo enviado pelos Correios incluía gratificação de férias em 70% e reajuste salarial de 5,13%, com validade inicial em janeiro de 2026. As recentes paralisações dos colaboradores, tiveram como consequência atrasos nas entregas entre os locais de maior demanda dos serviços, especialmente nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, as maiores regiões do Brasil em termos populacionais.

Ao longo do ano de 2025, o número de entregas no prazo vinha em queda, após a consolidação da greve, a situação provocou uma corrida pelos serviços de transportadoras privadas, impulsionando uma nova alta no mercado de entregas. Parte dos funcionários agora aguardam por uma decisão do TST, para que possam voltar a prestar serviços para os consumidores.