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Corpo de brasileira morta em trilha na Indonésia chega ao Brasil nesta terça; família pede nova autópsia

De acordo com a Defensoria Pública da União, exame necroscópico deverá ser realizado em até seis horas após o desembarque

Foto: Reprodução/Instagram @ajulianamarins

 

A companhia aérea Emirates Airlines informou nesta segunda-feira (30) que o corpo de Juliana Marins, brasileira que morreu durante uma trilha no Monte Rinjani, um vulcão na Indonésia, deve chegar à cidade de São Paulo nesta terça-feira (1º). O translado segue até o Rio de Janeiro, onde a chegada está prevista para quarta-feira (2).

“A Emirates estende suas mais profundas condolências à família neste momento difícil”, declarou a companhia em nota.

Conforme o G1, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que irá cumprir voluntariamente o pedido de nova autópsia feito pela família da vítima. De acordo com a Defensoria Pública da União (DPU), o exame necroscópico deverá ser realizado em até seis horas após o desembarque, com o objetivo de preservar eventuais evidências que possam esclarecer as circunstâncias da morte.

O pedido foi feito à Justiça Federal após mobilização da família. “Com o auxílio da Prefeitura de Niterói, acionamos a Defensoria Pública da União (DPU-RJ), que imediatamente fez o pedido na Justiça Federal solicitando uma nova autópsia”, afirmou Mariana Marins, irmã de Juliana. Segundo a defensora Taísa Bittencourt Leal Queiroz, responsável pelo requerimento judicial, a solicitação foi motivada pela “ausência de esclarecimento sobre a causa e o momento exato da morte”.

A primeira autópsia foi realizada na quinta-feira (26), em um hospital de Bali, logo após a retirada do corpo do Parque Nacional do Monte Rinjani. O laudo aponta que Juliana morreu em decorrência de múltiplas fraturas e lesões internas, sem sinais de hipotermia. O exame também indicou que ela teria sobrevivido por cerca de 20 minutos após o trauma.

No entanto, não foi possível determinar com precisão em que momento ocorreu a lesão fatal, especialmente porque a jovem foi vista em três profundidades diferentes do penhasco, o que levantou dúvidas adicionais sobre a dinâmica do acidente.