BAHIA


Polícia mira asfixia financeira de grupos criminosos, diz delegado após ação contra desvio de R$ 12 mi na saúde

André Viana afirma que 2ª fase da Operação Ultrassonografia reforça foco em recuperar ativos para enfraquecer organizações

Foto: Lucas Franco/MundoBA

 

O delegado-geral da Polícia Civil da Bahia, André Viana, afirmou nesta terça-feira (18) que o o bloqueio judicial de R$ 12 milhões no âmbito da segunda etapa da Operação Ultrassonografia segue a diretriz de ações voltadas à asfixia financeira de organizações criminosas. Um vereador, dois ex-secretários municipais de Saúde, médicos e empresários estão entre nove suspeitos de envolvimento no esquema. A ofensiva ocorreu no município de Formosa do Rio Preto, oeste da Bahia, e nas cidades de Corrente e Bom Jesus, no Piauí.

“A operação USG segue a diretriz das operações que estão sendo deflagradas. Operações com viés de asfixia financeira”, disse Viana, em uma coletiva de imprensa durante a devolução de 228 veículos recuperados pela Operação Ressonância,  voltada ao combate a furtos e roubos de automóveis, fraudes e adulterações. O evento ocorreu no pátio do Detran, no Centro Administrativo da Bahia.

Ele explicou que o Draco (Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado) conduz a frente principal desse modelo de enfrentamento. “O departamento de repressão ao crime organizado é o que puxa o carro-chefe dessa filosofia: recuperação de ativos, bloqueio de contas e apreensão de dinheiro para ser utilizado no enfrentamento à criminalidade”, detalhou.

O delegado-geral informou que, além dois mais de R$ 12 milhões bloqueados por determinação judicial,  também houve apreensão de veículos. Viana não descartou a que novas etapas da operação sejam desencadeadas. “Ela, na verdade, é a segunda fase. Então ela pode resultar em mais uma fase”, afirmou.

Segundo Viana, o trabalho das forças de segurança é mais do que capturar suspeitos. “A nossa maior busca é dar resposta no enfrentamento à criminalidade. Não é só prisão”, disse.