BAHIA


Mulheres esperam até 16 dias por medidas protetivas da Lei Maria da Penha na Bahia, aponta CNJ

Estado descumpre legislação, que determina análise em até 48 horas

Foto: Agência Brasil/Arquivo

 

A Bahia é o estado que apresenta a maior demora para analisar medidas protetivas da Lei Maria da Penha. De acordo com a legislação, os pedidos urgentes de proteção às mulheres devem ser analisados pelo Judiciário em até 48 horas. No entanto, esse prazo chegou a 16 dias em 2024 na Bahia, conforme dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) obtidos pela Folha de S. Paulo.

A lei determina urgência na análise para mulheres em situação de risco ou sob ameaça de violência doméstica e familiar, seja física, psicológica, moral, sexual ou patrimonial.

Outras estados que não cumprem o prazo de 48 horas são: Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Ceará, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraíba, Alagoas, Piauí, São Paulo, Pernambuco e Sergipe.

Conforme o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), os números são afetados com códigos incorretos, mas a média atual no sistema é de 15 dias. O dado, contudo, ainda é acima da previsão legal de 48 horas. A Corte não informou ações que pretende tomar para reduzir o tempo.