BAHIA


Morre ícone do fotojornalismo baiano Anízio Carvalho

Ele tinha 95 anos

Foto: Jaciara Santos/ Reprodução Instagram

 

Morreu na sexta-feira (12), aos 95 anos, o fotojornalista baiano Anízio Circuncisão de Carvalho, em Salvador. A causa da morte não foi informada. A informação é do portal g1 Bahia.

De acordo com informações do Sindicato dos Jornalistas no Estado da Bahia (Sinjorba), ele sofreu uma queda em casa e precisou ser internado no Hospital de Brotas, após desenvolver um quadro de infecção de origem não determinada.

Anízio deixa a esposa, Terezinha, com quem foi casado por 69 anos e teve seis filhos: Iguatemi, Itamar, Juarez, Jussara, Jucivalda e Jucimara. De um relacionamento anterior, já era pai de Francisco, único dos descendentes que escolheu a fotografia como profissão. Não há informações sobre velório e sepultamento.

Nascido em 23 de fevereiro de 1930, em Conceição da Feira, Anízio mudou-se para Salvador aos 14 anos, quando teve o primeiro contato com a fotografia no laboratório da família Rozemberg.

Em 1957, ingressou no então Jornal da Bahia, onde se tornou repórter fotográfico e conquistou reconhecimento por seu olhar aguçado, coragem diante dos fatos históricos e apuro estético.

Seu registro da Rainha Elizabeth II durante visita ao Brasil, em 1968, apelidado de “joelho imperial”, é um feito de sagacidade e sensibilidade que o projetou nacionalmente.

Ao longo de sua carreira, Anízio registrou eventos políticos, sociais e culturais que marcaram a história da Bahia e do Brasil: manifestações durante a ditadura, protestos, campanhas eleitorais, festividades religiosas e populares, o incêndio da Feira de Água de Meninos, cenas do cotidiano soteropolitano e do Mercado Modelo, entre outros.

Seu acervo conta com mais de seis mil negativos, câmeras clássicas como a Rolleiflex e a Speed Graphic, ampliadores, tanques e diversos equipamentos históricos.