BAHIA


Médicos da rede estadual da Bahia anunciam greve a partir de quinta-feira (31)

Sesab, no entanto, nega que os atendimentos serão paralisados

Foto: Divulgação/Sesab

 

O Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed) anunciou que os profissionais vinculados à rede própria da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) entrarão em greve a partir desta quinta-feira (31). A paralisação envolve médicos contratados sob regime CLT, Pessoa Jurídica e estatutários, que atuam no Hospital Geral do Estado (HGE), Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba) e nas maternidades Albert Sabin e Tsylla Balbino.

De acordo com o sindicato, durante o período de greve, serão suspensos os atendimentos eletivos, clínicos e cirúrgicos, e os classificados como fichas verdes e azuis, que representam casos de menor gravidade. Permanecem mantidos os atendimentos de urgência, emergência e risco de vida.

A decisão foi aprovada por unanimidade em assembleia realizada no último dia 24. Segundo o Sindimed, a greve foi motivada pela ausência de garantia, por parte da Sesab, da manutenção dos contratos celetistas de médicos nas unidades administradas diretamente pelo Estado.

“A partir das 00h do dia 31 de julho de 2025 e por tempo indeterminado, entram em greve os médicos que atuam sob os diversos vínculos nas maternidades Albert Sabin e Tsylla Balbino, IPERBA, Hospital Geral Roberto Santos e Hospital Geral do Estado”, informou a entidade, em nota.

Sesab nega paralisação e critica postura do sindicato

Em resposta, a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) repudiou o anúncio da greve e negou qualquer previsão de descontinuidade nos serviços. Em nota, o órgão classificou a comunicação do Sindimed como “alarmista” e disse que a medida “desinforma a população”.

“A Sesab assegura que não haverá interrupção na assistência à população, tampouco descontinuidade nos serviços prestados”, afirmou. A secretaria destacou que participou de reunião com representantes do Sindimed, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Procuradoria Geral do Estado (PGE), onde teria apresentado alternativas legais para a transição de vínculos, como credenciamento por pessoa jurídica e novos editais com vínculo celetista.

A pasta afirmou ainda que parte dos profissionais já migrou para os novos formatos de contratação, sem prejuízo ao funcionamento das unidades, e que os atendimentos serão garantidos com o apoio de empresas contratadas.

“O Governo do Estado reafirma seu compromisso com a valorização dos profissionais de saúde, com o fortalecimento do SUS e, acima de tudo, com a continuidade do cuidado à população baiana”, conclui a nota.