BAHIA


Mais de 2 milhões de fogos ilegais são apreendidos em fábrica clandestina na Bahia

Seis trabalhadores em condições análogas à escravidão foram resgatados durante a operação

Foto: Divulgação / Polícia Civil

 

Mais de dois milhões de fogos de artifício sem registro foram retirados de circulação na Bahia durante a “Operação em Chamas”, deflagrada pela Polícia Civil na quinta-feira, 12. A ofensiva teve como foco principal combater a produção e a comercialização clandestina de explosivos e outros produtos controlados, além de fiscalizar estabelecimentos que vendem mercadorias impróprias ao consumo.

A ação, que será intensificada durante os festejos juninos, ocorreu nos municípios de Feira de Santana, Alagoinhas e Serrinha. Em Alagoinhas, o maior volume de apreensões foi registrado, com uma fábrica irregular desativada e mais de 2 milhões de unidades recolhidas. O local operava sem autorização e utilizava trabalhadores em condição análoga à escravidão. Seis pessoas foram resgatadas.

Três suspeitos foram levados à delegacia para prestar esclarecimentos. Em Feira de Santana, aproximadamente 13.500 fogos foram apreendidos em pontos comerciais, enquanto em Serrinha, outros 7 mil artefatos explosivos foram encontrados.

O delegado Arthur Gallas, da Coordenação de Fiscalização de Produtos Controlados (CFPC), afirmou que os locais fiscalizados operavam fora da lei, com sérias falhas de segurança e sem o devido licenciamento.

“Na ação, encontramos uma fábrica clandestina e diversos locais irregulares de venda de fogos. Todos esses pontos não tinham autorização e comercializavam produtos irregulares, como fogos artesanais, cuja venda é proibida. Os fogos foram apreendidos e os estabelecimentos que tinham produtos legalizados foram lacrados e interditados, para que regularizem suas autorizações junto à Polícia Civil, ao Exército, ao Corpo de Bombeiros e à Prefeitura”

Ainda segundo Gallas, os trabalhadores resgatados estavam expostos a riscos extremos, sem qualquer registro em carteira, equipamentos de proteção ou condições mínimas de higiene. A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público do Trabalho e aos órgãos de assistência social.

A operação teve caráter multidisciplinar e contou com a participação de diversos setores da segurança pública e da fiscalização, como o Draco, Deic, Depin, Coorpin/Alagoinhas, Exército Brasileiro, Sefaz-BA, Corpo de Bombeiros, DPT, Procon, Ibametro e Conselho Regional de Química.