BAHIA


Bahia receberá primeira fábrica de vidro solar fora da China

Com investimento de R$ 1,8 bilhão, projeto será apresentado na segunda (9)

Foto: Divulgação/Homerun Brasil

 

A primeira fábrica de vidro solar fora da China será instalada no município de Belmonte, no sul da Bahia. O empreendimento é o destaque do projeto “Brasil Transparente”, idealizado pela empresa Homerun Brasil em parceria com a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), e será apresentado à indústria na próxima segunda-feira (9), durante evento na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), em Salvador.

Com investimento previsto de R$ 1,8 bilhão, a unidade será voltada à produção de painéis fotovoltaicos de alta performance, utilizando sílica de elevada pureza encontrada exclusivamente em território baiano.

A fábrica contará com tecnologia de ponta e integrará toda a cadeia de energia limpa, reforçando o papel da Bahia como protagonista global na indústria fotovoltaica.

Para o presidente da CBPM, Henrique Carballal, o projeto representa o rompimento de uma lógica colonialista à qual o Brasil foi submetido ao longo do seu processo histórico.

“Nós estamos montando aqui na Bahia, pela primeira vez na história, uma mina que gera uma commodity a ser processada com altíssima tecnologia, com a cadeia totalmente verticalizada no município de Belmonte, que é esse vidro solar”, ressaltou.

Protagonismo global

A Homerun Brasil terá a missão de construir e operar a planta industrial, cuja produção alimentará diretamente a cadeia global de energia solar.

O diretor-presidente da empresa canadense, Antonio Vitor, destacou o potencial da matéria-prima a ser utilizada neste processo: a areia silicosa presente em área da CBPM, no distrito de Santa Maria Eterna, em Belmonte.

“A Bahia tem a única sílica com essa qualidade de pureza no mundo. Nenhum outro canto do planeta, até esse momento, tem a mesma sílica. Essa sílica transformada em vidro solar vai capacitar a absorção da luz nesses painéis fotovoltaicos. Com essa tecnologia, as placas solares poderão gerar até o dobro da energia em relação às atuais”, disse o diretor.