AGRO


ACM Neto diz que PT virou as costas para o agro e culpa Jerônimo por escalada de conflitos no campo

Ex-prefeito afirmou que não há qualquer apoio relevante ou incentivo ao setor, responsável por importante fatia do PIB nacional

Foto: Assessoria/ACM Neto

 

O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto afirmou que os governos do PT sob Lula e Jerônimo Rodrigues “viraram as costas” para o agronegócio da Bahia. Para ele, não há qualquer apoio relevante ou incentivo ao setor, vetor de milhares de empregos e responsável por importante fatia do PIB (Produto Interno Bruto) nacional.

As declarações foram dadas na manhã deste sábado (6), ao participar de evento organizado pela Unagro (União Agro Bahia), no Clube de Campo Cajueiro, em Feira de Santana.

“Aliás, o que a gente percebe é que depois de quase 20 anos que o PT governa a Bahia, eles viraram as costas para o agro. Eles sucatearam a Secretaria de Agricultura, eles fecharam a EBDA [Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola). Eles acabaram com o apoio técnico ao pequeno produtor, com as linhas de crédito. Não há, nesse período todo do governo, uma obra relevante que possa ter levado segurança hídrica, aumentado o acesso especialmente do pequeno produtor à água. Hoje, a gente carece de obras relevantes de infraestrutura”, criticou ACM Neto.

Em sua avaliação, a burocracia impede o agricultor até mesmo de irrigar para que possa aumentar sua produção. “O governo não tem uma política para agroindustrializar a Bahia, ou seja, para dar um passo além da produção primária.”

ACM Neto também culpou a gestão de Jerônimo pela escala de conflitos fundiários no interior. “Nós temos também o sério problema da falta de segurança pública que hoje atinge o campo em nosso estado, dando uma situação de medo às pessoas. A Bahia é um dos estados que menos cumprem decisões judiciais de reintegração de posse, portanto, trazendo também insegurança jurídica a quem tem a sua propriedade. Infelizmente, esse é o quadro de quase 20 anos do PT governando o nosso estado.”

Ele afirmou, no entanto, que o primeiro passo para estimular o potencial do agro é reconhecer a “incapacidade do PT” em lidar com a questão.

“Em seguida, dar a importância que o agro precisa ter pelo seu potencial, termos consciência da força que o agro pode trazer para o nosso estado em desenvolvimento econômico e em geração de emprego. Feito isso, é preciso implantar toda a parte das políticas públicas, reestruturar os órgãos públicos, a começar pela Secretaria de Agricultura do Estado, os órgãos técnicos, chamando as principais lideranças do agro na Bahia para trabalhar em conjunto, para fazer um trabalho consistente que assegure o desenvolvimento do pequeno, do médio e do grande produtor, o investimento para o campo e, é claro, com tudo isso, o crescimento do nosso estado. Esse encontro aqui pressupõe união de todos os setores”, acrescentou.

Em seu discurso durante o encontro, o ex-prefeito soteropolitano afirmou que a Unagro faz um papel de porta-voz dos produtores rurais do estado. “Pelo seu peso, pela sua relevância para o nosso estado, não poderia haver um palco mais adequado do que esse, um encontro de unidade, um encontro de diálogo, um encontro de compromisso com o futuro”, disse.