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‘Medida não se justifica pelo histórico das relações comerciais entre os dois países’, diz CNA sobre tarifaço de Trump

Confederação Nacional da Agricultura (CNA) divulgou nota após tarifaço contra o Brasil determinado por Donald Trump

Foto: Official White House/Daniel Torok

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) reagiu à decisão do governo dos Estados Unidos de impor tarifas adicionais de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros. Em nota divulgada na última quarta-feira (10), a entidade afirma que a medida “não se justifica” e contraria o espírito de cooperação que marca os 200 anos de relações comerciais entre os dois países.

“Medidas desta natureza prejudicam as economias dos dois países, causando danos a empresas e consumidores”, diz o comunicado. Para a CNA, não há desequilíbrio injusto ou indesejável nas relações comerciais com os Estados Unidos que justifique esse tipo de ação unilateral.

A entidade representa um dos setores mais impactados pela nova política tarifária anunciada pelo presidente norte-americano, Donald Trump. O agronegócio brasileiro é responsável por uma fatia expressiva das exportações para os EUA, especialmente em produtos como carne, suco de laranja, café e celulose.

Diplomacia

Na avaliação da CNA, a única forma de resolver o impasse é por meio do diálogo “incessante e sem condições” entre os governos e os setores privados. A confederação reforça que a economia e o comércio “não podem ser injustamente afetados por questões de natureza política”.

A nota conclui com um apelo por pragmatismo. “Nossa esperança é que os canais diplomáticos sejam intensamente acionados para que a razão e o pragmatismo se imponham para benefício de todos, pois este é o único caminho que serve ao entendimento e à prosperidade.”