POLÍTICA


Deputado rebate Rui e diz que Salvador inscreveu 10 creches no PAC 2, mas não teve resposta

De acordo com Alan Sanches, Salvador enviou em março deste ano as propostas para a construção de dez unidades de creche e pré-escola de Educação Infantil

Foto: Divulgação/Alba

 

O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil) rebateu nesta terça-feira (22) as declarações do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), e disse que a Prefeitura de Salvador inscreveu 10 creches no PAC 2, mas ainda não teve resposta. Na segunda-feira (21), durante agenda na capital baiana, o ministro, que é responsável por coordenar o Novo PAC, afirmou que não teve o prazer “de ver uma creche do governo federal construída em Salvador”.

De acordo com Sanches, Salvador enviou em março deste ano as propostas para a construção de dez unidades de creche e pré-escola de Educação Infantil, com custo de R$3,5 milhões cada, totalizando R$35 milhões, destinadas a bairros como Pirajá, Novo Horizonte, São Cristóvão, Nova Brasília de Valéria, Cajazeiras X e Sete de Abril. As propostas seguem em análise.

“É lamentável ver um ministro de Estado usar um evento institucional para fazer demagogia política, especialmente sobre um tema tão sensível como a educação infantil. O curioso é que a Prefeitura inscreveu 10 propostas de creches no Novo PAC, mas até agora nenhuma delas foi liberada. Ora, se o ministro quer de fato ver creches sendo construídas na capital, basta aprovar as propostas que estão prontas e aguardando análise”, salientou.

O deputado ressaltou que Salvador universalizou o acesso à pré-escola (crianças de 4 e 5 anos) e praticamente triplicou o número de vagas em creches desde 2013, saltando de 17 mil para mais de 45 mil vagas. No ano passado, o orçamento da capital baiana para a Educação foi de mais de R$2,8 bilhões, o maior investimento da história, disse Sanches.

“O discurso de Rui Costa, além de injusto, soa como perseguição política. Parece incomodar o ministro ver uma gestão que dá certo, que tem planejamento, investimento real e resultados concretos. Educação se faz com trabalho sério, e não com soluções como a ‘aprovação automática’ implantada no governo do estado”, afirmou.

O parlamentar ainda lembrou do “legado” do governo de Rui Costa na Educação. “Aliás, é bom lembrar que Rui Costa, quando governador, deixou a educação da Bahia entre as últimas posições do país nos principais indicadores de qualidade. Portanto, antes de apontar o dedo para quem está fazendo, seria mais honesto reconhecer os erros do próprio governo e, quem sabe, começar a liberar os recursos que Salvador tem direito”.