Mais de 70 mil crianças foram registradas sem o nome do pai na Bahia desde 2020
Somente entre 2024 e maio deste ano, 7.645 recém-nascidos foram registrados sem o nome paterno

Foto: Banco de Imagens/Pexels/Reprodução
Desde 2020, mais de 70 mil crianças foram registradas apenas com o nome da mãe na Bahia. Somente em 2024, até maio, 7.645 recém-nascidos foram registrados sem o nome paterno. Em 2023, foram 12.531 casos, número levemente inferior ao de 2022 (12.796). Os dados são do levantamento dos Cartórios de Registro Civil do estado.
A Bahia ocupa o segundo lugar no país em número de registros sem paternidade reconhecida, atrás apenas de São Paulo, que soma mais de 146 mil casos nos últimos cinco anos. Na sequência aparecem Rio de Janeiro (66.916), Minas Gerais (61.467) e Pará (55.233).
Para o presidente da Associação dos Notários e Registradores da Bahia (Anoreg/BA), Daniel Sampaio, os cartórios espelham transformações sociais profundas. Segundo ele, os dados ressaltam a importância de facilitar o reconhecimento legal da paternidade, com segurança e acesso ampliado.
As informações estão disponíveis na plataforma “Pais Ausentes”, mantida no Portal da Transparência do Registro Civil, que reúne dados de nascimentos, casamentos e óbitos registrados em mais de 7 mil cartórios pelo país.