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Produção brasileira de grãos deve ser 14,2% maior em comparação ao biênio 2022/2023

O arroz apresenta recuperação e deve alcançar 12,3 milhões de toneladas, alta de 16,5%. O aumento na área semeada e o bom desempenho climático, sobretudo no Rio Grande do Sul, explicam o resultado, diz a Conab

Foto: SEI

 

O Brasil está a caminho de alcançar uma safra recorde de grãos, impulsionada por condições climáticas favoráveis, expansão da área plantada, investimentos em tecnologia e políticas públicas de incentivo. Essas são as conclusões do 10º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (10), em Brasília. Segundo a Conab, a produção de grãos deverá atingir 339,6 milhões de toneladas, um aumento de 14,2% em comparação com o ciclo anterior. A área cultivada no país soma 81,8 milhões de hectares, representando um crescimento de 2,3% em relação ao ano passado.

A soja desponta como destaque, com uma produção estimada em 169,5 milhões de toneladas, representando um avanço de 14,7% em relação à safra passada. No caso do milho, as três safras combinadas devem alcançar 132 milhões de toneladas, um crescimento de 14,3%. O algodão também segue em alta, com produção prevista de 3,9 milhões de toneladas de pluma, refletindo o aumento de 7,2% na área plantada.

Além disso, o arroz mostra sinais de recuperação, com uma colheita de 12,3 milhões de toneladas, um aumento de 16,5%, impulsionado pelo bom desempenho climático no Rio Grande do Sul. Já o feijão, com uma produção total estimada em 3,15 milhões de toneladas, apresenta uma leve queda de 1,3% em relação ao ciclo anterior, apesar do bom desempenho na primeira safra, que cresceu 12,8%.

De acordo com informações da Agência Brasil, a recente elevação da mistura obrigatória de biodiesel no diesel está estimulando o mercado de soja, aumentando a demanda por esmagamento. Isso deve resultar em um processamento adicional de cerca de 935 mil toneladas, elevando a produção de óleo e farelo. No caso do milho, o aumento na demanda interna para a produção de etanol deve absorver parte do crescimento da oferta. A previsão é de que o consumo interno de milho atinja 90 milhões de toneladas, enquanto as exportações podem sofrer uma leve queda.

Para o arroz, a expectativa é de que a recomposição da produção nacional e a queda nos preços internos estimulem as exportações, mantendo as importações estáveis e aumentando os estoques finais.