POLÍTICA


João Roma repudia ataque a caminhoneira na BR-101

“O que ocorreu com a caminhoneira é um retrato da barbárie em que vive o Extremo Sul da Bahia", disse presidente do PL da Bahia

Foto: Assessoria/João Roma

 

O presidente do PL na Bahia e ex-ministro da Cidadania, João Roma, repudiou a violência sofrida pela caminhoneira Elaine Tschaen durante um bloqueio realizado na BR-101, na altura do município de Itamaraju, no Extremo Sul da Bahia. A manifestação foi organizada por indígenas que protestavam contra a prisão do cacique Suruí Pataxó, detido pela Força Nacional por porte ilegal de armas. Durante o ato, Elaine foi retirada à força do seu caminhão, agredida, ameaçada e obrigada a gravar um vídeo sob coação antes de ter seu veículo incendiado pelos manifestantes.

“O que ocorreu com a caminhoneira é um retrato da barbárie em que vive o Extremo Sul da Bahia. A violência e a selvageria merecem nosso mais profundo repúdio”, afirmou Roma. Segundo ele, a região sofre com o avanço do crime organizado, que estaria se infiltrando em comunidades indígenas, promovendo ações armadas, tráfico de drogas e invasões ilegais de terras. “É um cenário de descontrole que exige atenção imediata das autoridades. A Costa do Descobrimento e a Costa das Baleias, que possuem enorme valor turístico e ambiental, estão sendo ameaçadas.”

A prisão do cacique Suruí Pataxó, que motivou o protesto, aconteceu após a apreensão de um arsenal com armas de grosso calibre, munições e coletes balísticos. A Polícia Federal investiga a origem do material e a possível atuação de facções criminosas nas aldeias da região. Apesar do teor delicado da prisão, Roma ressaltou que existem mecanismos legais para contestar a detenção, e que a violência contra civis é inaceitável. “Nada justifica impedir o direito de ir e vir, ameaçar a vida de pessoas inocentes e destruir patrimônios. Isso não é protesto, é crime.”

A caminhoneira Elaine, visivelmente abalada, relatou em vídeos que sobreviveu por um milagre. Ela contou que foi cercada por homens armados com paus, lanças e facões, agredida fisicamente, teve o celular destruído e foi mantida sob intensa pressão psicológica por quase duas horas, enquanto seu caminhão era incendiado. O caso gerou forte comoção nacional e reacendeu o debate sobre os conflitos territoriais e o aumento da violência na região.

João Roma cobrou uma atuação mais firme do governo federal e das forças de segurança para garantir a ordem pública e proteger a população. “O Extremo Sul da Bahia está clamando por socorro. O Estado não pode se omitir diante da escalada de violência e do terror imposto à população. A lei precisa prevalecer”, declarou Roma.