ECONOMIA


Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 5,18%

Estimativa para o PIB é de 2,23% este ano

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A projeção do mercado financeiro para a inflação oficial do país caiu pela sexta semana consecutiva. De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar 2025 em 5,18%, abaixo dos 5,2% previstos na semana anterior.

Apesar da redução, a estimativa segue acima do teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Com isso, o limite máximo permitido para este ano é de 4,5%.

Para os anos seguintes, o mercado manteve as projeções: 4,5% para 2026, 4% em 2027 e 3,8% em 2028.

Em maio, a inflação oficial fechou em 0,26%, abaixo dos 0,43% registrados em abril, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com esse resultado, o IPCA acumula alta de 2,75% no ano e 5,32% nos últimos 12 meses.

A taxa básica de juros, a Selic, está atualmente em 15% ao ano. Mesmo com o recuo da inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar os juros em 0,25 ponto percentual na última reunião, surpreendendo parte do mercado financeiro. Em ata, o Copom informou que deverá manter a Selic no atual patamar nas próximas reuniões, mas não descartou novos aumentos caso a inflação volte a subir.

A expectativa do mercado é que a Selic encerre 2025 ainda em 15% ao ano. Para 2026, a projeção é de 12,5%. Em 2027 e 2028, o mercado estima que a taxa básica será reduzida para 10,5% e 10% ao ano, respectivamente.

As taxas de juros elevadas têm o objetivo de conter a demanda aquecida e controlar os preços, mas também podem impactar negativamente a expansão da economia, ao encarecer o crédito e desestimular o consumo e o investimento.

A previsão para o crescimento da economia brasileira em 2025 passou de 2,21% para 2,23%. Para 2026, a estimativa foi levemente reduzida de 1,87% para 1,86%. Em 2027 e 2028, o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 2% ao ano, segundo as expectativas do mercado.

A cotação do dólar também foi revisada. A expectativa é que a moeda norte-americana encerre 2025 em R$ 5,70. Para o fim de 2026, a estimativa é de R$ 5,75.