ECONOMIA


Confiança de empresários baianos recua em junho e segue em nível de pessimismo moderado

Destaque negativo veio do setor de Serviços e pior avaliação nos temas crédito, juros e situação financeira

Foto: Reprodução/Ilustrativo

 

A confiança entre empresários baianos registrou uma queda de 135 pontos em junho, de uma escala que vai de – 1.000 a 1.000 pontos, o que representa um cenário de Pessimismo Moderado (intervalo de -250 pontos a zero ponto). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (4) pelo Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), métrica calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) para monitorar as expectativas do setor produtivo do estado.

No mês, ao registrar a queda de 135 pontos, o ICEB indicou recuo da confiança em relação a maio (quando o indicador marcou -127 pontos). A baixa em comparação ao mês imediatamente antecedente foi de 8 pontos – insuficiente, portanto, para suplantar a alta captada em maio (aumento de 47 pontos).

O retrocesso da confiança de maio a junho não aconteceu de forma generalizada, visto que dois dos quatro grupamentos expressaram avanço: Agropecuária e Indústria, no caso. Entre os setores, o de Serviços apresentou a maior retração e o de Agropecuária registrou a maior alta.

Ao final, em junho, nenhum dos quatro setores assinalou pontuação superior a zero. Os resultados foram: Agropecuária, -35 pontos; Indústria, -110 pontos; Serviços, -166 pontos; e Comércio, -145 pontos. Enquanto o segmento de Agropecuária foi o de maior pontuação pela segunda vez consecutiva, a atividade de Serviços registrou o menor nível de confiança.

Além do mais, do conjunto avaliado de assuntos, os temas crédito, juros e situação financeira foram aqueles com as piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, as variáveis PIB nacional, inflação e exportação apresentaram os indicadores de confiança em situação menos desfavorável no mês.

Assim, conforme Luiz Fernando Lobo, especialista em produção de informações econômicas, sociais e geoambientais, “em junho, mesmo recuando na margem, a percepção do empresariado baiano quanto ao futuro apenas atenuou parte do avanço observado em maio, já que o saldo líquido do bimestre maio-junho ainda se manteve positivo. No entanto, alguns alertas persistiram em junho: confiança em patamar inferior ao observado em cada um dos meses do ano passado; aumento do pessimismo em dois dos setores; indicador de confiança inferior a zero em todos os segmentos; e expectativas desfavoráveis em relação a todas as variáveis investigadas”.