POLÍTICA


‘Tem tempo de plantar e tem tempo de colher’, diz Éden Valadares sobre queda na popularidade de Lula

Presidente do PT na Bahia, Éden Valadares falou ainda ao MundoBA sobre os embates entre governo e Congresso

Foto: Jorge Jesus/MundoBA

 

Com informações do repórter Lucas Franco

O presidente do PT na Bahia, Éden Valadares, falou ao MundoBA, nesta quarta-feira (2), durante as celebrações pela Independência do Brasil na Bahia, no bairro da Lapinha, em Salvador, sobre a queda na popularidade do presidente Lula (PT) conforme vem sendo apresentado nas últimas pesquisas.

Para o dirigente, apesar de os levantamentos apontarem um retrato de momento, os dois primeiros anos do governo Lula 3 foram tempo “de plantar no sentido de reconstruir as políticas públicas e as próprias instituições do país”.

“Eu acho que é retrato de momento. Tem tempo de plantar e tem tempo de colher. Os quatro períodos do ex-presidente, do inelegível [Jair Bolsonaro] foram muito ruins. Não só na pandemia, não só com os casos de corrupção, não só com as joias, não só com a vacina que ele fraudou cartão, não só com a tentativa de golpe. Foi muito ruim para as políticas públicas no Brasil. Então foram dois anos reconstruindo”, defendeu.

“Acho que a partir de agora, a partir desse ano, a gente vai colher bons resultados. E isso vai refletir na pesquisa. Já colhemos [os bons resultados] na economia, em que pese a preocupação real, de vocês, minha e da sociedade como todo, por exemplo, a inflação sobre alimentos”, completou.

Conflito entre governo e Congresso

Outro tema abordado junto ao presidente do PT baiano foi o embate entre o governo federal e o Congresso Nacional após a derrubada do IOF, na semana passada, por maioria dos parlamentares, o que fez o Planalto cogitar judicializar a questão.

Éden criticou a postura dos deputados e senadores do oposições que se declararam a favor da medida, afirmando que eles estão “mascarando” as próprias posições.

“A posição deles é de não permitir que a gente faça justiça tributária no país. Aí o tom do debate, até onde eu vi, está dentro ainda de uma cortesia. Tem uma tensão, mas ainda está dentro da civilidade. Nós vivemos num sistema tripartite em que o Judiciário, o Legislativo e o Executivo tem que conviver, tem que coabitar. Nós temos um sistema de freios e contrapesos. Um não deve invadir a primazia do outro”, disse.