BAHIA


‘Se tiver sinal de algum problema, interditamos’, diz diretor do Dnit após liberação parcial de ponte

Está autorizado apenas o tráfego de motocicletas, carros de passeio, vans e veículos de serviços emergenciais, como ambulâncias e viaturas policiais

Foto: Divulgação/Dnit

 

O tráfego na ponte sobre o Rio Jequitinhonha, no município de Itapebi (BA), foi parcialmente liberado às 6 horas desta quarta-feira (18). Segundo o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), está autorizada apenas a passagem de motocicletas, carros de passeio, vans e veículos de serviços emergenciais, como ambulâncias e viaturas policiais.

Ônibus, caminhões e carretas continuam proibidos de transitar pela estrutura, que havia sido interditada em maio, após inspeções indicarem a necessidade de avaliação de suas condições.

Fábio Nunes, diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, afirmou que a ponte passou a contar com acelerômetros —sensores que medem aceleração ou vibração do equipamento.

“Com esses acelerômetros, a gente consegue medir a frequência da estrutura. Com essas frequências, a gente vai conseguir saber se a estrutura está tendo algum tipo de problema ou não. Se tiver algum tipo de sinal que está tendo algum tipo de problema, a gente interdita a ponte no mesmo momento”, disse em entrevista à TV Bahia.

Para liberar a travessia parcial, o Dnit informou ter executado a limpeza da estrutura e do sistema de drenagem e retirado uma camada de asfalto para reduzir o peso sobre os pilares da ponte, localizada no km 661,72 da BR-101.

A autarquia federal, no entanto, diz que reavaliará a possibilidade da liberação de tráfego para veículos com peso de até 29 toneladas.

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) e PM (Polícia Militar) são responsáveis pela fiscalização de trânsito no local 24 horas por dia.

O tráfego está sendo feito no sistema de Pare e Siga, com velocidade máxima de 40 km/h.

Monitoramento de vibração

Os acelerômetros instalados na ponte farão o monitoramento ininterrupto da movimentação de tráfego no local. Os sensores captam a vibração que os veículos causam ao passarem pela ponte e enviam os resultados, em tempo real, para um escritório em São Paulo, responsável por avaliar possíveis danos ou a necessidade de uma nova interrupção do tráfego.

“É importante para avaliarmos como a estrutura está se comportando e garantirmos uma intervenção imediata no local, caso seja necessário”, afirma o diretor Fábio.

A expectativa do governo federal é iniciar em julho as obras para a construção de uma nova ponte duplicada. O equipamento deverá ser erguido da estrutura atual, com 510 metros de extensão. O prazo estimado para entrega é de 10 a 12 meses.