POLÍTICA


PDT rompe com governo Lula e busca alternativas para 2026

Decisão ocorre após saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência e escândalo no INSS

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

 

A bancada do PDT na Câmara dos Deputados decidiu se afastar da base do governo do presidente Lula e começar a discutir alternativas de candidaturas para a eleição presidencial de 2026. Esta decisão foi influenciada pela saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência, após o escândalo de fraude no INSS. Lupi pediu demissão recentemente, e para o seu lugar, Lula escolheu Wolney Queiroz, sem consultar o partido.

O líder do PDT na Câmara, deputado Mário Heringer, afirmou que o partido se posiciona agora de forma independente. Na eleição anterior, o PDT lançou Ciro Gomes, que obteve 3% dos votos válidos e apoiou Lula no segundo turno. A decisão de deixar a base foi tomada em reunião com Lupi, da qual Ciro não participou. A ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, já iniciou conversas para tentar reverter essa decisão.

Embora Lupi e Wolney sejam do PDT, a troca gerou insatisfação, pois Lupi não é mencionado nas investigações sobre as fraudes no INSS. Ele divergiu de Lula ao defender que Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, não deveria deixar o cargo após a operação policial, mesmo sendo alvo da PF. Nesse contexto, o PDT afirma que não fará oposição, mas apoiará projetos de interesse nacional e da centro-esquerda.

O deputado Dorinaldo Malafaia destacou que o partido refletirá sobre cada projeto, em vez de aderir automaticamente às pautas do governo. A decisão de independência significa que o PDT discutirá cada projeto caso a caso, permitindo divergências. Essa postura é semelhante a outros partidos com cargos no governo, como o PP e o União Brasil, que se dizem independentes. O jornal Folha de S.Paulo reportou sobre essas movimentações políticas.