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Artigo: Por que todo empreendedor deveria investir em sua marca pessoal, antes que seja tarde

Por Kito Gois

Foto: Divulgação

Em um mundo onde a confiança é o ativo mais escasso e a atenção é um campo de batalha, construir uma marca pessoal deixou de ser diferencial. É questão de sobrevivência.

Empresas quebram. Negócios mudam. Produtos saem de linha. Mas pessoas permanecem. E, em tempos de redes sociais, quem não é percebido como marca, é consumido como commodity.

Marca pessoal não é sobre vaidade.
É sobre posicionamento.

Confundir marca pessoal com autopromoção é um dos erros mais comuns, e mais caros, que empresários e profissionais autônomos ainda cometem. Marca pessoal é o conjunto de percepções, atributos e valores que você, enquanto pessoa pública e profissional, transfere para a mente das pessoas. Em outras palavras: é o que falam de você quando você não está na sala, e quando o mercado muda sem avisar.

O mercado já entendeu: pessoas movem negócios

Segundo um levantamento da Edelman Trust Barometer (2024), 76% dos consumidores globais confiam mais em pessoas do que em empresas. No Brasil, esse número é ainda maior: 82% preferem comprar de marcas cujos fundadores, CEOs ou porta-vozes demonstram posicionamentos públicos claros e coerentes com seus valores.
Ou seja: não basta ter um bom produto ou serviço. É preciso ser percebido como confiável, relevante e humano. E isso só acontece com estratégia.

Profissionais viram empresas. Empresas sem marca viram estatística.

Basta olhar para os movimentos do mercado: médicos que se tornam referência nacional, advogados que ganham influência em redes, arquitetos que transformam seu nome em ativo. Quando um profissional investe na construção de sua marca, ele cria valor além da técnica. Ele transforma autoridade em influência e influência em resultado. Na prática, é isso que diferencia um serviço genérico de um nome que vende por si.

As três verdades que ninguém te contou sobre marca pessoal:

1. Quem não conta sua história, vive à mercê da versão dos outros.
E isso vale tanto para crises quanto para oportunidades.
2. Não existe posicionamento neutro.
O mercado vai te posicionar de qualquer jeito. Cabe a você escolher como será
lembrado.
3. Você já é uma marca. A questão é se está construindo ela de forma intencional,
ou não.

“Mas eu não gosto de me expor…”

Não se trata de se expor, e sim de se expressar. Não é sobre virar influencer, é sobre se tornar referência. É sobre traduzir sua reputação em uma linguagem acessível, atrativa e estrategicamente alinhada com seus objetivos profissionais.

E aqui vai um dado que desmonta o mito: de acordo com o LinkedIn (2024), profissionais com marca pessoal ativa têm 5 vezes mais chances de serem lembrados para oportunidades relevantes, inclusive fora da sua área de atuação.

Conclusão: ou você investe em marca pessoal, ou investirá em correr atrás do prejuízo

Não estamos falando de estética, estamos falando de estratégia. Quem constrói marca pessoal constrói ponte com o futuro. Quem ignora, cava um buraco de invisibilidade.

Empresário, empreendedor, profissional autônomo:

Sua empresa pode até ter começado com CNPJ.
Mas o que fará ela durar… é o CPF.

*Behaviorista, Pesquisador em Neurociência e Comportamento
Especialista em Branding e Personal Branding com foco em Posicionamento, Influência
e Criação de Conteúdo Digital.
MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político
Criador da Behave, plataforma de inteligência em marca e cultura