POLÍTICA


ACM Neto critica segurança pública da Bahia e diz que presídios viraram ‘espaço para proliferação do crime’

Ex-prefeito de Salvador afirma também que há sensação de impunidade no estado

Foto: Matheus Morais/MundoBA

 

O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB), fez duras críticas à segurança pública da Bahia, nesta quinta-feira (5), e afirmou que o estado vive um cenário de impunidade. O vice-presidente nacional do União Brasil também cobrou maior firmeza do atual governo no enfrentamento à criminalidade.

“A gente sabe que nos Estados brasileiros, onde houve redução da criminalidade, onde o tráfico de drogas não domina territórios, é porque eles têm medo. Eles sabem que quando chegam lá, enfrentam o poder firme do governo e não tem vez. E aí a gente vê que na Bahia, infelizmente, há uma sensação de impunidade”, disse Neto ao MundoBA durante evento na capital baiana.

O ex-gestor também criticou o sistema prisional da Bahia e afirmou que o espaço deixou de ser um ambiente de ressocialização para se tornar de proliferação. “A Bahia, inclusive, é o Estado do Brasil que menos consegue trazer resultados para os crimes que são praticados e punir os culpados. O presídio se tornou um espaço para a proliferação do crime, não para a reeducação do criminoso”, pontuou à reportagem.

Entre as propostas apontadas por ele para melhorar a situação é construir presídios de segurança máxima e valorizar os policiais e agentes da segurança pública. “Presídios de segurança máxima, presídios que atuem com efetividade, uma polícia bem equipada, uma polícia valorizada, amparada, bem remunerada, uma quantidade de policiais compatível com o problema”.

O ex-prefeito da capital baiana também destacou sobre a redução do número do efetivo no estado e comparou com o de 2007, ano em que o Partido dos Trabalhadores assumiu a gestão.
“Hoje a Bahia, em 2025, tem um efetivo policial menor do que tinha em 2007, quando o PT assumiu o governo. Quase 20 anos se passaram, a população aumentou, o tráfico de drogas chegou, e o efetivo policial é menor do que era há 20 anos atrás”, concluiu.